A vontade estava lá, mas não passava disso. O medo atava-me as mãos mas não a diluía.
Vontade de ajudar quem precisa, medo de me envolver e de viver uma história e uma angústia que não são minhas.
Não terminei 2013 sem quebrar essa barreira. Deixei o coração falar mais alto, juntei-me a um grupo solidário e ajudei, continuo a ajudar e isso tornou-se quase um vício.
Atrás de um pedido de comida e bens, viram mais, e mais, e mais... Pessoas doentes, desempregadas, com filhos, abandonadas à sua sorte.
E o medo, esse foi-se...afugentado pelos sorrisos de gratidão que recebemos em troca.
Não posso, não podemos de todo, mudar o mundo, mas aprendi que podemos mudar pequenos mundos.
E enquanto o pouco que tenho for suficiente para dividir, assim será.